João dos Santos Martins
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É artista e o seu trabalho abrange várias formas, como a coreografia, a exposição e a edição. Começou por estudar na Escola Superior de Dança, em Lisboa, e na P.A.R.T.S., em Bruxelas, e concluiu os seus estudos entre o e.x.er.c.e, em Montpellier, e o Instituto para Estudos Aplicados ao Teatro, em Giessen. Desde 2008, tem articulado a sua prática entre a criação de peças e a colaboração como bailarino com outros autores como Ana Rita Teodoro, Eszter Salamon, Moriah Evans e Xavier Le Roy. Os seus trabalhos são geralmente desenvolvidos coletivamente, como em Projecto Continuado (2015) e Companhia (2018), com Ana Rita Teodoro, Clarissa Sacchelli, Daniel Pizamiglio, Filipe Pereira e Sabine Macher; em Antropocenas (2017), com Rita Natálio; ou em Onde Está o Casaco? (2018), com Cyriaque Villemaux e Ana Jotta. O seu interesse pelas genealogias da história da dança, processos de transmissão e a aliança entre prática e discurso, levou-o a criar, com Ana Bigotte Vieira, um dispositivo para o mapeamento coletivo da dança em Portugal — Para Uma Timeline a Haver; e a fundar um jornal semestral — Coreia — dedicado a escritos de artistas, e não só, em especial relação com a dança. Por vezes, faz curadoria, como o ciclo Nova—Velha Dança (2017) em Santarém, a mostra p de dança — a Gulbenkian e a Dança em Portugal (2021), na Fundação Calouste Gulbenkian; ou o plano de estudos para o programa PACAP 4 (2020) do Forum Dança. Neste âmbito, tem ainda explorado, em coletivo, ideias de curadoria expandida como Curadura e Sarau Parasita, onde se interligam práticas de pensar dispositivos, a relação com as instituições e os seus públicos. A sua peça Projecto Continuado (2015) recebeu o prémio de Coreografia pela Sociedade Portuguesa de Autores em 2016.