Foreplay
espetáculo integrado noalkantara festival
Foreplay
direcção e adaptação de "Reigen” de Arthur SchnitzlerMpumelelo Paul Grootboom
cenografia e desenho de luz Wilhelm Disbergen
coreografia Israel Bereta
com Refilwe Cwaile, Koketso Mojela, Ntshepiseng Montshiwa, Mandla Gaduka, Sello Zikalala, Boitumelo Shisana
direcção de cena Zane Mashaba
idioma inglês, legendado em português
cenografia e desenho de luz Wilhelm Disbergen
coreografia Israel Bereta
com Refilwe Cwaile, Koketso Mojela, Ntshepiseng Montshiwa, Mandla Gaduka, Sello Zikalala, Boitumelo Shisana
direcção de cena Zane Mashaba
idioma inglês, legendado em português
espetáculo integrado no alkantara festival
Arthur Schnitzler, médico e dramaturgo austríaco, tornou-se famoso na Áustria do final do séc. XIX com o seu retrato acutilante da sociedade vienense anterior à Primeira Guerra Mundial. Foi amigo íntimo de Sigmund Freud, cujas teorias influenciaram determinantemente as peças de Schnitzler. A publicação de "Reigen” (A Ronda), em 1900, causou grande controvérsia. Foi escrito como dança de roda, com 10 cenas que ligam pares de amantes, antes e depois do acto sexual: a Puta e o Soldado, O Soldado e a Empregada Doméstica, a Doméstica e o Jovem, O Jovem e a sua Esposa. Na última cena, o círculo fecha-se: a Puta reaparece, indo ao encontro do Conde – "Reigen” incide, em grande parte, sobre a teia de relações que se estabelece entre poder e sexualidade. "Reigen” foi banida, acusada de pornografia e apenas 20 anos mais tarde levada à cena pela primeira vez. Cerca de 100 anos depois, o escritor e director sul africano Mpumelelo Paul Grootbom reescreve "Reigen” em "Foreplay”. Surpreendentemente, permanece bastante próximo da peça de Schnitzler, mantendo a sua estrutura circular. Porém, Grootboom transfere a acção para a África do Sul dos nossos dias. Partindo de conotações presentes na obra de Schnitzler, Grootboom associa de forma explicita a sexualidade na peça e as relações de poder entre os personagens – a pairar sobre a acção podemos pressentir o crescente perigo da SIDA. Com uma energia explícita e asfixiante, os seis actores - três mulheres e três homens - representam todos os dez personagens de uma forma bastante próxima da tradição dos contadores de histórias.
ALKANTARA FESTIVAL
De 21 de Maio a 9 de Junho, o alkantara festival acolhe cerca de 30 performances de dança, de teatro de artistas oriundos da Argentina, Áustria, Canada, Croácia, Suíça, Egipto, Estados Unidos, França, Portugal, Bélgica, Japão, China, Países Baixos, Brasil, Espanha, Hungria, Nova Zelândia, África do Sul, Dinamarca, Equador, Grécia, Itália, entre outros.
Trazem as suas histórias locais e globais, sobre o universal e o particular, o passado e o futuro, lendas de beleza ou distúrbio num mundo em rápida mudança. Contudo, têm algo em comum: o desejo de entrar em diálogo com o espectador no esforço de compreender estes tempos desconcertantes e alcançar, talvez, algumas respostas; ou, mais provavelmente, reformular as nossas questões; ou, eventualmente, aumentar a confusão.
Na continuidade da parceria de edições anteriores, o Teatro Nacional D. Maria II é um dos principais coprodutores do alkantara festival, apresentando, de 1 a 6 de Junho, três espectáculos nas Salas Garrett e Estúdio.
Arthur Schnitzler, médico e dramaturgo austríaco, tornou-se famoso na Áustria do final do séc. XIX com o seu retrato acutilante da sociedade vienense anterior à Primeira Guerra Mundial. Foi amigo íntimo de Sigmund Freud, cujas teorias influenciaram determinantemente as peças de Schnitzler. A publicação de "Reigen” (A Ronda), em 1900, causou grande controvérsia. Foi escrito como dança de roda, com 10 cenas que ligam pares de amantes, antes e depois do acto sexual: a Puta e o Soldado, O Soldado e a Empregada Doméstica, a Doméstica e o Jovem, O Jovem e a sua Esposa. Na última cena, o círculo fecha-se: a Puta reaparece, indo ao encontro do Conde – "Reigen” incide, em grande parte, sobre a teia de relações que se estabelece entre poder e sexualidade. "Reigen” foi banida, acusada de pornografia e apenas 20 anos mais tarde levada à cena pela primeira vez. Cerca de 100 anos depois, o escritor e director sul africano Mpumelelo Paul Grootbom reescreve "Reigen” em "Foreplay”. Surpreendentemente, permanece bastante próximo da peça de Schnitzler, mantendo a sua estrutura circular. Porém, Grootboom transfere a acção para a África do Sul dos nossos dias. Partindo de conotações presentes na obra de Schnitzler, Grootboom associa de forma explicita a sexualidade na peça e as relações de poder entre os personagens – a pairar sobre a acção podemos pressentir o crescente perigo da SIDA. Com uma energia explícita e asfixiante, os seis actores - três mulheres e três homens - representam todos os dez personagens de uma forma bastante próxima da tradição dos contadores de histórias.
ALKANTARA FESTIVAL
De 21 de Maio a 9 de Junho, o alkantara festival acolhe cerca de 30 performances de dança, de teatro de artistas oriundos da Argentina, Áustria, Canada, Croácia, Suíça, Egipto, Estados Unidos, França, Portugal, Bélgica, Japão, China, Países Baixos, Brasil, Espanha, Hungria, Nova Zelândia, África do Sul, Dinamarca, Equador, Grécia, Itália, entre outros.
Trazem as suas histórias locais e globais, sobre o universal e o particular, o passado e o futuro, lendas de beleza ou distúrbio num mundo em rápida mudança. Contudo, têm algo em comum: o desejo de entrar em diálogo com o espectador no esforço de compreender estes tempos desconcertantes e alcançar, talvez, algumas respostas; ou, mais provavelmente, reformular as nossas questões; ou, eventualmente, aumentar a confusão.
Na continuidade da parceria de edições anteriores, o Teatro Nacional D. Maria II é um dos principais coprodutores do alkantara festival, apresentando, de 1 a 6 de Junho, três espectáculos nas Salas Garrett e Estúdio.
direcção e adaptação de "Reigen” de Arthur SchnitzlerMpumelelo Paul Grootboom
cenografia e desenho de luz Wilhelm Disbergen
coreografia Israel Bereta
com Refilwe Cwaile, Koketso Mojela, Ntshepiseng Montshiwa, Mandla Gaduka, Sello Zikalala, Boitumelo Shisana
direcção de cena Zane Mashaba
idioma inglês, legendado em português
cenografia e desenho de luz Wilhelm Disbergen
coreografia Israel Bereta
com Refilwe Cwaile, Koketso Mojela, Ntshepiseng Montshiwa, Mandla Gaduka, Sello Zikalala, Boitumelo Shisana
direcção de cena Zane Mashaba
idioma inglês, legendado em português