Criadas Para Todo o Serviço
Criadas Para Todo o Serviço
tradução José Colaço Barreiros
encenação José Peixoto
cenografia Acácio Carvalho
figurinos Manuela Bronze
execução de figurinos e guarda roupa Maria Gonzaga
música Rui Rebelo
desenho de luz Carlos Gonçalves
coreografia Kot Kotecki
assistente de encenação Carla Carreiro Mendes
produção (Teatro dos Aloés) Gislain Tadwald
com Sílvia Filipe, Jorge Silva, Elsa Valentim, Diana Costa e Silva, Angela Ribeiro, David Pereira Bastos, Patrícia André, Leonor Cabral, Luís Barros, Carlos Queirós, Ricardo Alves, Tiago Mateus e Carla Carreiro Mendes
Era tradição na Veneza do século XVIII dar um dia de folga aos empregados domésticos para que gozassem em liberdade esta inversão da ordem estabelecida. E os amos divertiam-se simultaneamente em bela convivência.
Aproveitando essa liberdade os criados vestem-se como os amos não só por envergarem o guarda- roupa que subtraíram à sua vigilância, mas porque lhes imitam os comportamentos.
Numa manhã fria e nevoenta do Inverno de 1755 em pleno Carnaval, Momolo, jovem aprendiz de padeiro, acorda as cozinheiras despertando-as para o trabalho, para em contrapartida beneficiar dos seus favores. Mas estas sabem bem como beneficiar também dos serviços do jovem padeiro.
Todos se preparam para o Carnaval disputando parceiros e perspectivas de divertimento, fortuna e prazer. E o grande comércio com a troca de favores inicia-se num mercado onde tudo acaba por ser moeda de troca, onde tudo se pode vender ou comprar.
Os patrões, por seu lado, mobilizam os favores e a cumplicidade dos criados para os colocar ao serviço dos seus amores inconfessáveis, os seus pequenos vícios, as suas pequenas necessidades materiais, que podem ir desde um anel valioso a um empréstimo de dinheiro para o jogo ou um simples prato de sopa.
No Carnaval forças estranhas são postas em jogo libertando impulsos recalcados e instintos que não são tão visíveis noutras alturas.
A vida privada vai-se tornando pública, o espaço privado vai-se alargando até se tornar a praça onde todas as nossas misérias e segredos se denunciam, como se o Carnaval e a sua inversão da ordem nos julgassem e nos punisse.
E Goldoni que não perdoa as nossas fraquezas acaba por nos aceitar com um imenso coração magnânimo, com uma infinita benevolência, com uma inequívoca paixão pela vida e suas surpresas.
tradução José Colaço Barreiros
encenação José Peixoto
cenografia Acácio Carvalho
figurinos Manuela Bronze
execução de figurinos e guarda roupa Maria Gonzaga
música Rui Rebelo
desenho de luz Carlos Gonçalves
coreografia Kot Kotecki
assistente de encenação Carla Carreiro Mendes
produção (Teatro dos Aloés) Gislain Tadwald
com Sílvia Filipe, Jorge Silva, Elsa Valentim, Diana Costa e Silva, Angela Ribeiro, David Pereira Bastos, Patrícia André, Leonor Cabral, Luís Barros, Carlos Queirós, Ricardo Alves, Tiago Mateus e Carla Carreiro Mendes