NÓS / NOUS. Práticas e pensamentos para atravessar fronteiras

O que fazer com tantos episódios dispersos? Trata-se de uma viagem onde o tempo sempre apaga as marcas por onde se passa. Mas queiramos ou não, há uma lógica oculta que resiste em se revelar e que é preciso trazer à tona de água. Usam-se as palavras para fixar as ideias, no entanto as palavras somem-se, diluem-se na água e desaparecem. Sim, é uma pretensão querer agarrar e explicar o que a Arte tem de inexplicável. Por um lado, ainda bem que é assim, por outro, o artista não pode desistir de perseguir o que sempre lhe vai escapar. É a única maneira de não se repetir, de não se instalar nos truques e nos maneirismos onde se reconhece e sente mais confortável. O conforto do que se pensa que se sabe e a inércia da rotina que passa despercebida são os piores inimigos da criatividade.»