PANOS – palcos novos palavras novas

de Gisela Casimiro

 

É uma viagem de transportes públicos ao teatro do absurdo, inspirada por Beckett e Ionesco. A peça explora o caos do quotidiano e as relações humanas permeadas pela cultura das redes sociais, abordando temas como o tempo, a solidão, a tentativa de conexão e as dificuldades de comunicação. Com humor e ironia, este espetáculo questiona se ainda conseguimos dialogar uns com os outros, para além das nossas bolhas digitais.

 

de Mário Coelho

 

Uma floresta, acho eu. Tendas montadas. Um fim de semana prolongado, mais calmo, mais atípico face ao movimento e enchente de pessoas que se tem sentido por aqui. Uma fogueira, à volta da qual estão sentadas cinco pessoas. Se fosse uma história de terror, seria a última noite em que estariam todes juntes. Se fosse um romance, seria o momento do primeiro beijo entre es apaixonades, amigues desde a infância. Nesta história, é apenas uma conversa entre desconhecides, à volta de uma fogueira, à procura de uma motivação, uma explicação para estarem lá, ali, aqui, acolá.

 

 

de Matilde Campilho

 

O Grande Fogo é um dia e duas noites na vida de uma família: Luise, a mãe; Max, o filho; Ulrica, a filha. Fala-se noutros dois filhos, gémeos, mas estes nunca se deixam ver. São como vozes secretas. Fala-se num acontecimento que parece ser central na família e no lugar onde sempre viveram, mas esse acontecimento tampouco se quer deixar ver. Tudo se passa entre a casa e o jardim da casa, embora existam certas incursões aos arredores — são feitas de memória, por vezes, outras vezes caminhadas de facto por um estranho que aparece de visita. A família, aliás, prepara-se para a chegada do visitante durante boa parte da peça. Ninguém os acompanha nessa espera, a não ser certas reminiscências familiares e segredos subterrâneos. Acompanha-os, também, um pato.

 

> Disponível na Livraria do Teatro Online a partir de 30 de maio 2025.